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Viagens por dentro dos dias

Blog em torno de literatura, arte, viagens, etc.

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Boa vai ela

a política

11.03.23

Ainda não percebi por que razão o governo não pede a demissão. Legitimidade? Sim, tem legitimidade para governar. Mas toda a gente parece estar contra, atendendo à governança sindical e aos casos e casinhos que a oposição descobre para denegrir o governo: educação, saúde, habitação, transportes, alimentação... Sua Excelência manda bitaites, avisos, e começa a dirigir a sua gente. Se António Costa não fosse tão esponja, absorvendo tudo, e se demitisse, o país andaria aos papéis. Mas isso era bom para os portugueses aprenderem que a vida não é brincar à política. Se um governo tem legitimidade, dada pelo voto, para governar em maioria, é necessário deixá-lo governar. Depois, se esse governo se portou mal, haverá novas eleições e logo se verá o que pensa o povo. Estar à espera que a oposição tenha um lider com o perfil e a empatia adequada ao lugar de primeiro-ministro é uma jogada matreira. Afinal, não se gosta do governo, mas a oposição não sabe nem tem gente capaz de exercer esse ministério. Boa vai ela.

18.02.23

É muito difícil governar um país ingovernável. Todos querem tudo e ninguém quer nada. Parece que o importante é criar o caos e deixar a porta aberta para que pequenos e grandes manobradores de interessses consigam levar adiante os seus propósitos. Uma lógica de construir e destruir para gerar dividendos. Um país de gnomos. 

15.02.23

O Bloco de Esquerda é um partido do género feminino? Tem uma mulher na UE, que já concorreu a uma Presidência da República; tem uma coordenadora que está de saída e uma mulher que se propõe substituí-la. Os homens são apenas adereços? Desculpem se não estou a ser politicamente correto.

14.02.23

Será o PS um polvo em que militantes se apropiam de benesses com o ar angélico de quem está a fazer serviço à população? A notícia do Multinews encimada pelo título "Junta de Freguesia dos Olivais: familiares, boys do PS e contratos celebrados em feriados que totalizam mais de meio milhão de eurosdeixa-me sérias dúvidas sobre o comportamento de militantes que, afinal, só agem por interesses financeiros em situações que, no mínimo, causam perplexidade, muito embora afirmem que tudo se passa dentro do quadro legal. Depois de casos e casinhos que abanaram o governo socialista (no qual votei), parece, a crer nesta notícia, que pode haver mais situações semelhantes espalhadas pela malha da política socialista no país. Quiçá de outros partidos, que agora não são manchete nas páginas da CS. Ninguém duvida que hoje em dia poucos são as pessoas que entram para os partidos, sobretudo pela porta das juventudes partidárias, que não perseguiam a ideia de um emprego. Não vão para lá pela militância política propriamente dita, mas para chegarem a lugares que lhes podem trazer facilidades e benesses. Continuamos a viver no reino da Tugalândia.

Meu Portugal pequenino

Situações que são difíceis de entender

05.02.23

Em Portugal acumulam-se situações difíceis de entender. E esta dificuldade é transversal aos partidos, aos protagonistas quaisquer que eles sejam, às épocas, etc.

* É difícl de entender como é que, no decorrer das últimas décadas, ainda nenhum governo e respetivo responsável da Educação conseguiu resolver a grave situação das colocações dos professores, que geram afastamento das famílias e despesas extraordinárias.

* Não se compreende como, há décadas, se anda a discutir a construção de um novo aeroporto sem se chegar a qualquer conclusão. 

* Não se compreende como o SNS chegou ao ponto a que chegou, a não ser pensando que os governos do costume quiseram fazer um grande jeito à iniciativa privada.

* Não se compreende como a Justiça leva "séculos" para fazer transitar em julgado os grandes processos, como é o caso de José Sócrates.

* Não se compreende como o caso TAP não tem uma solução, andando há anos a experimentarem-se soluções que não vingam.

* Enfim, não se compreende como existindo um governo de maioria absoluta se encontre maior dificuldade em resolver de vez as situações em aberto.

29.01.23

A vida é um grande palco onde certos atores assumem o papel principal. Mas custa cada vez mais caro ao público assistir aos dramas e comédias que envolvem eventos como a Jornada Mundial da Juventude (católica).

29.01.23

A Direita preserva os seus valores a qualquer preço, para lá das suas divergências. A Esquerda esgrima as suas dúvidas e os seus individualismos incapaz de se unir em objetivos comuns.

24.01.23

Vou constatando com apreensão a dificuldade para marcar uma consulta médica, tanto no setor público, como no privado. O que aconteceu ao SNS, uma das grandes conquistas de Abril?  Milhares e milhares de pessoas não tem médico de família no SNS. Uma situação que se arrasta há anos. Os Centros de Saúde levaram uma rasia anos atrás. Tudo para favorecer a iniciativa privada, hospitais e clínicas privadas. As pessoas foram sendo levadas a aderir aos seguros de doença que, neste momento, começam a responder mal às necessidades de uma população envelhecida e a jovens que acorrem também aos serviços privados. Por exemplo, tentei marcar uma consulta de dermatologia no privado e a mais próxima era para Abril. Um exame na área de Imagiologia pode também demorar meses. Etc. Um médico amigo diz-me que não há médicos. Não sei se há ou se não há. Mas sei que os políticos, na última década e meia, conseguiram deixar afundar o SNS. Obrigado a eles por estarem sempre do nosso lado em palavras e longe em ações.

15.01.23

Votei em António Costa. Estou a ficar desiludido. Não tanto porque a oposição valha alguma coisa, tenha algum programa, queira fazer algo a favor dos cidadãos. A política na AR está limitada aos fait-divers levantados pela oposição e às discussões entre deputados. Não se tenta encetar qualquer ação de compromisso em torno dos principais problemas do país. E são muitos e vastos. O PSD quer parecer um partido impoluto, quando toda a gente sabe o que aconteceu a muitos dos seus militantes nas últimas décadas. O CDS praticamente desapareceu. O governo de maioria absoluta de António Costa luta com desacertos internos que parecia impossível de acontecer. A agravar a situação acresce o problema de o PS não ter militantes capazes de enfrentar, no mesmo tom e na mesma moeda, a oposição. Dá uma ideia de fraqueza, ou seja, o partido é António Costa. Militância é o nome que hoje encobre a procura de emprego na máquina político-partidária e do Estado. Assim não vamos lá.

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