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Viagens por dentro dos dias

Blog em torno de literatura, arte, viagens, etc.

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07.01.24

Rulfo_por_Lyon.jpg

Ler a obra de Juan Rulfo (1917-1986, escritor mexicano) é mantermo-nos próximos do realismo mágico com que a sua escrita havia de influenciar escritores como Gabriel García Márquez, Jorge Luís Borges e Julio Cortázar. A sua obra, por onde passam títulos como Pedro Páramo, Planície em Chamas, O Galo de Ouro, entre outros títulos, é um trabalho sucinto com contenção de palavras, valendo-lhe o Prémio Nobel da Literatura, em 1970, e o Prémio Príncipe das Astúrias, em 1983. Foi também um excelente fotógrafo levando uma vida longe das pagangonas da imprensa, ao lado da mulher da sua vida, Clara Aparicio Reyes. Vale muito a pena a leitura da sua obra, de escrita limpa, pontoada por um universo de solidão reflectindo sobre a vida no universo rural. Passam hoje 38 anos sobre a data da sua morte, em Cidade do México.

07.01.24

Todos nós lutamos contra a solidão. Há quem evite buscando a segurança de uma família, outros se cercam de gente. Escrevo porque é uma companhia constante.

Sam Shepard (1943-2017), escritor, dramaturgo e ator norte-americano.

Assino por baixo

todas as palavras

29.12.23

Afeiçoei-me à vida da social-democracia europeia. Digo-vos isto para que percebam que não é o sonho comunista que me move. Mas insisto que precisamos de um PCP forte para termos uma social-democracia saudável.

E junto-me ao grupo dos que sentirão falta da camarada Odete Santos. Foi cedo e deixou um lugar impossível de preencher.

Carmo Afonso in Público de 29-12-2023

31.10.23

Não há caminhos para a paz. A paz é o caminho.

Mahatma Ghandi (1869-1948)

O pensamento de Ghandi é interessante e é o que quase todos pretendemos, ao fim e ao cabo. Mas em certas situações raia o ingénuo. Digo eu.

09.08.23

Mário_Cesariny.jpg

PASTELARIA

Afinal o que importa não é a literatura nem a crítica de arte nem a câmara escura
Afinal o que
importa não é bem o negócio
nem o ter dinheiro ao lado de ter horas de ócio
Afinal o que
importa não é ser novo e galante
- ele há tanta maneira de compor uma estante
Afinal o que
importa é não ter medo: fechar os olhos frente ao precipício
e cair verticalmente no vício
Não
é verdade rapaz? E amanhã há bola
antes de haver cinema madame blanche e parola
Que afinal
o que importa não é haver gente com fome
porque assim como assim ainda há muita gente que come
Que afinal
o que importa é não ter medo
de chamar o gerente e dizer muito alto ao pé de muita gente:
Gerente! Este leite está azedo!
Que afinal
o que importa é pôr ao alto a gola do peludo
à saída da pastelaria, e lá fora – ah, lá fora!
– rir de tudo
No riso admirável
de quem sabe e gosta
ter lavados e muitos dentes brancos à mostra

© Mario Cesariny de Vasconcelos

05.08.23

Assistindo de longe à Jornada Mundial da Juventude, que decorre em Portugal, duas coisas se destacam de tudo o resto: a extrema simpatia e disponibilidade do Papa Francisco (de 86 anos) em relação aos milhares e milhares de pessoas que o têm recebido; e o modo como a juventude o ouve, aclama e participa nestas suas Jornadas. Têm-se assistido a uma grande festa e ao diálogo do Papa com a juventude presente.

É visível que esta juventude não se inscreve, em geral, na faixa dos mais pobres da sociedade. Pertence mais a um estrato de classe média, com uma maior base educacional e algum dinheiro. Mas não deixa de ser juventude e participar com extrema alegria nesta festa intercultural da Igreja Católica. 

19.07.23

Sua Excelência, o Senhor Presidente do Brasil, Lula da Silva, parece que anda muito contente consigo próprio e com a sua política externa, sobretudo com Portugal e a Europa. O problema é que lhe falta sentido de humor. Há pouco, falando sobre a comunidade brasileira em Portugal, não conseguiu travar o seu impulso espirituoso. Sobre os 500.000 cidadãos brasileiros em Portugal, disse qualquer coisa como "qualquer dia os brasileiros serão mais do que os portugueses". As palavras podem não ter sido exatamente estas, mas é este o sentido. 

Seria bom que o Presidente Lula da Silva refletisse sobre o facto de ser presidente de um país, com a área de um continente e uma população de mais de 200 milhões de pessoas; país que tem população com necessidade de emigrar para um pequeno país europeu com 10 milhões de habitantes. Os brasileiros são bem-vindos, mas o Presidente Lula da Silva deve moderar os seus impulsos espirituosos.

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