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Viagens por dentro dos dias

Blog em torno de literatura, arte, viagens, etc.

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28.03.23

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Em 1923 André Malraux ("A Condição Humana", entre outros títulos) ficou sem dinheiro, depois de ter investido muito mal o dote da mulher. O casal rumou à Indochina, para roubar esculturas Khmers que planeava vender a colecionadores americanos. Depois de cortar à serra uma tonelada de relevos de um templo Malraux foi apanhado, preso e condenado a três anos de cadeia. Claire, que não foi acusada, voltou a Paris, mobilizou os intelectuais e conseguiu a redução da pena. Em novembro de 1924 Malraux regressou a Paris.

In leitoracomcompanhia.tumblr.com

Um livro

Jorge Luis Borges

03.03.23

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"Um livro é uma coisa entre as coisas, um volume perdido entre volumes que povoam o indiferente Universo, até que encontra o seu leitor, o homem destinado aos seus símbolos. Acontece então a emoção singular chamada beleza, esse mistério belo que nem a psicologia nem a retórica decifram."

Jorge Luis Borges in BIBLIOTECA PESSOAL, Prólogo, Quetzal, Lisboa, 2022 (tradução de Cristina Rodriguez e Artur Guerra).

07.01.23

Sua Excelência está sempre de férias, viajando por todo o lado, dizendo umas coisas que muitas vezes não passam de baboseiras, o rosto disponível para qualquer câmara de TV. É o exemplo levado ao extremo do verdadeiro espírito dos políticos inúteis, que se esgotam em palavreado e améns sem produzir nada de útil. Não tinha necessidade. A culpa é de quem o elegeu, conhecendo já as suas aventuras políticas no reino da facécia. E custa-nos caro. Sua Excelência envergonha-me.

23.12.22

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Casa-estúdio, na Golegã, onde viveu o grande proprietário agrícola e fotógrafo Carlos Relvas (1838-1894), pai de José Relvas, figura destacada da implantação da República. Em baixo, auto-retrato do fotógrafo Carlos Relvas.

18.12.22

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Conta-se uma estória muito curiosa num livro (Nuno Castro, "Heróis do Ultramar", 3.ª ed., Oficina do Livro, Alfragide, 2019) que aborda aspetos e personalidades em destaque na Guerra Colonial Portuguesa, que decorreu entre 1961 e 1974. Na introdução do livro refere-se que o furriel Luís Melo Correia, aprestando-se para vir à Metrópole em gozo de férias, recebe um pedido do General Spínola. Solicitava-lhe o general que no regresso de Lisboa lhe trouxesse as lentes do seu monóculo. Luís Melo Correia cumpriu a ordem (ou o pedido). Mas não conseguiu travar o gesto de experimentar as lentes. Foi com surpresa que concluíu não passarem de vidros sem qualquer graduação. Ou seja, o General Spínola usava-os como adereço da sua imagem de militar e homem público. Seria assim?

14.12.22

Agora que a nossa seleção de futebol regressou a casa, dois comentários: Portugal deve muito ao selecionador Fernando Santos, o sinhor inginheiro, pois foi ele que nos levou várias vezes ao mais alto nível do futebol mundial, e a ele devemos também o facto de sermos Campeões da Europa de Futebol. Fernando Santos nunca foi selecionador de arriscar muito. Mas foi atingindo lugares cimeiros no ranking do futebol mundial. Parece-me, no entanto, que chegou a hora de arriscarmos mais. Talvez seja a hora de chamar o special one, José Mourinho. Ele arrisca, ganhou e ganha muitos títulos, e também perde, claro. Mas é preciso jogar para ganhar, assumindo o risco de perder. Jogar para o empate e depois logo se vê, não.

O outro comentário é para Cristiano Ronaldo, o CR7. É um dos maiores jogadores de futebol do mundo, talvez o maior (embora eu prefira Messi) tendo feito com que o nome de Portugal corresse mundo, na última década e meia, coisa que mais ninguém conseguiu fazer de forma tão entusiasmante. Seremos cruéis se esquecermos esse facto. Agora não está a reagir bem à sua andropausa futebolística, mas certamente ultrapassará esses momentos difíceis.

Parabéns a Fernando Santos e a Cristiano Ronaldo (e a todos os outros jogadores da seleção, claro). Chegou a hora de pensarmos no futuro com mais garra e menos achaques pessoais, que desestabilizam o grupo.

José Ruy

um artista da banda desenhada

26.11.22

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Morreu na quarta-feira 23/11, aos 92 anos (1930-2022), José Ruy, aquele que era o mais antigo e um dos mais brilhantes bandadesenhistas em funções. Nascido e falecido na Amadora, de onde também sou natural, li muitas das suas histórias gráficas, de elevada qualidade, bem como possuo alguns dos álbuns que ele criou mais recentemente sobre localidades portuguesas, como é o caso de História da Amadora, Levem-me Nesse Novo Sonho, uma edição da Âncora Editora. Colaborou ainda em alguns jornais e revistas infantis, de entre eles o "Cavaleiro Andante" e "O Mosquito", de boa memória. Foi o primeiro autor a ser galardoado com o Prémio de Honra do Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, em 1990. Fica aqui este breve apontamento sobre este artista de inegável talento e larga produção ao longo dos anos, que agora nos deixou.

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