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Viagens por dentro dos dias

Blog sobre tudo e sobre nada. Em particular, em torno de literatura, arte, viagens.

Blog sobre tudo e sobre nada. Em particular, em torno de literatura, arte, viagens.


25.03.24

Há uma coisa que me causa perplexidade. Porque não usou o governo cessante a cómoda almofada financeira que tinha ao seu dispor para regularizar situações sociais conhecidas, preferindo deixá-la para o novo governo, que não é da mesma cor política? Uma asneira da dupla António Costa e Medina? Não houve tempo para aplicar esse dinheiro ? A perplexidade não me abandona.


07.07.23

O país segue muito bem. Todos os índices apresentados pelo governo nos dão a entender que somos (quase) o melhor país do mundo. Deste governo já se demitiram 13 pessoas (Sec. de Estado, Ministros, and so on) por várias razões. Os professores queixam-se há meses. Os médicos idem. Os enfermeiros ibidem. As greves não param. Os hospitais públicos estão em rutura ou quase rutura. Nos hospitais privados leva-se semanas e semanas, às vezes meses, para fazer um exame ou conseguir uma consulta. Não há casas para quem precisa de casa. Ou tem de pagar uma exorbitância. Faz parte do historial português que os trabalhadores sejam mal pagos. Quem está mal pago e trabalha sob stress não pode desempenhar um bom serviço. Mas vai tudo muito bem.


23.04.22

Todos dizem querer ajudar a Ucrânia e ajudam. Mas como é que se enfrenta Golias com David a passar dificuldades, sem meios de resistir, sem armas do mesmo calibre que as usadas por Golias? Parece uma guerra com um vencedor anunciado e os outros países a comprometerem-se, mas a assobiar para o lado, como a Alemanha. Só Macron parece estar a compreender o desenrolar desta guerra. Medicamentos, roupa, comida, armamento ligeiro, munições, etc., também são precisos, mas se no etc. não entrarem armas capazes de competir com as de Golias, David não irá longe nos seus esforços de defender o seu país invadido.


21.04.22

Sou absolutamente contra a invasão da Ucrânia pela Rússia e contra o comportamento político-militar deste país, que se não é genocídio, não anda longe disso. Ponto final. A Ucrânia, um país independente há cerca de trinta anos, nunca foi muito visível para o Ocidente, a não ser por algumas lutas internas ao nível do poder político. Não creio que esteja muito preparada, enquanto democracia, para integrar a UE. Mas não estará menos que outros países que pertenceram à esfera de Leste e que estão hoje na UE, seja, por exemplo, o caso da Hungria. Penso que o crescente interesse da UE em que a Ucrânia venha a fazer parte da União, tem muito mais a ver com interesses económicos futuros do que com a situação atual de guerra. Julgo que haverá até quem esteja a ver esta guerra com bons olhos. Uma guerra pode favorecer bastante as economias de certos países. Pelo lado da Rússia é preciso não esquecer que a Rússia atual nasceu séculos atrás na zona de Kiev, tendo origem num povo eslavo - os Rus. Há ainda uma espinha atravessada na garganta dos russos: a existência da NATO após a dissolução do Pacto de Varsóvia. E é aí que a intervenção atual da Rússia na Ucrânia nos pode levar a pensar, em contraponto, se não tem razão de ser essa existência da NATO para os países ocidentais. Os próximos tempos permitirão esclarecer algumas dúvidas atuais.


05.12.21

Existe hoje em dia uma grande promoção das aldeias tradicionais. Aldeias com casas de xisto, onde dificilmente entra um carro nas suas ruas históricas. Há gente a recuperar essas casas, sobretudo a pensar no turista estrangeiro que percorre todo o país à procura daquilo que é genuíno, tradicional, ou que a publicidade assim lhes vende. Na verdade, observado pelo olhar dos drones, mais que pelo calcorrear das suas ruas e veredas acanhadas, o conjunto de arquitetura simples, empoleirado na aba das serras, cativa, deixa nas pessoas uma imagem de calma, de fruição da natureza, de paz. Não obstante, essas aldeias estão desertas, ou quase, os acessos são difíceis e a caminhada pelas suas ruas íngremes não é fácil, em particular para alguém que decida lá morar em permanência. Claro que há quem veja uma oportunidade de transformar as casas recuperadas em alojamento local. Mas será difícil habitar nessas aldeias. Os tempos são outros. Os jovens têm a sua vida profissional nas cidades e vilas do país, onde existem estruturas de apoio social indispensáveis à vida atual. Não vejo que a beleza do conjunto e a localização privilegiada e agradável seja suficiente para estas aldeias serem mais do que um postal ilustrado, um motivo para visitas turísticas sazonais, uma chamada de atenção num jornal regional, ou mesmo num órgão de divulgação nacional, uma reportagem na TV. As aldeias de xisto são um museu ao ar livre, pouco mais do que isso. 


11.11.21

Dizem que não há mão-de-obra para acorrer às necessidades de vários setores da economia. A falta de mão-de-obra não é de agora. Agravou-se com a situação da pandemia. Mas vem de trás, devido aos baixos salários pagos pelas empresas e a políticas de pessoal pouco atrativas. A gestão de muitas empresas (e até do Estado) é feita à vista, com pouco ou nenhum planeamento. Quem pode emigra, procura melhores oportunidades de trabalho. Vivemos tutelados por um capitalismo selvagem, que cada vez esmifra mais os pobres para aumentar os lucros do capital. É uma receita antiga temperada de novo.

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