18.12.22
Conta-se uma estória muito curiosa num livro (Nuno Castro, "Heróis do Ultramar", 3.ª ed., Oficina do Livro, Alfragide, 2019) que aborda aspetos e personalidades em destaque na Guerra Colonial Portuguesa, que decorreu entre 1961 e 1974. Na introdução do livro refere-se que o furriel Luís Melo Correia, aprestando-se para vir à Metrópole em gozo de férias, recebe um pedido do General Spínola. Solicitava-lhe o general que no regresso de Lisboa lhe trouxesse as lentes do seu monóculo. Luís Melo Correia cumpriu a ordem (ou o pedido). Mas não conseguiu travar o gesto de experimentar as lentes. Foi com surpresa que concluíu não passarem de vidros sem qualquer graduação. Ou seja, o General Spínola usava-os como adereço da sua imagem de militar e homem público. Seria assim?