18.05.23
Poupem-nos os pormenores e mostrem-nos a verdadeira razão de todo aquele espetáculo na CIT. Eu ajudo. O cerne da questão é a ida da CEO da TAP a uma reunião na AR com elementos do PS, que não sendo uma coisa normal, também não teria problema de maior, digamos assim. Ao pretender-se disfarçar ou camuflar essa atuação, acabou por eleger-se o computador usado por um adjunto (mas não o telemóvel), porque o adjunto tirava notas de tudo o que se passava nas reuniões em que participava. Que notas seriam essas, o que teria o adjunto escrito? Revelava situações comprometedoras como, por exemplo, a combinação de perguntas a fazer à CEO da TAP e as respostas dadas por ela? Razão teve um deputado que disse esperar que ali se tratasse o caso TAP e não situações acessórias.
É muito triste um país sem oposição e sem líder credível, apenas apostada em faits divers. E um governo e respetivo partido que saem muito mal na fotografia da governação. Sobressaem casos e casinhos, um ministro que se demite, cuja demissão não é aceite pelo primeiro-ministro e que logo a seguir volta a ser ministro. Um ministro a quem é difícil dar, hoje em dia, alguma credibilidade.