09.05.25
Numa recente visita à Figueira da Foz fiquei muito agradado com o desenvolvimento da cidade, comparando-o com viagens e estadias anteriores. Uma cidade solar, voltada para o turismo, que parece ser a última grande descoberta dos empresários e políticos portugueses. Tudo é turismo ou quase tudo. No entanto, aquilo que me chamou mais a atenção foi a imagem de uma cidade parada, à espera de qualquer coisa que lhe dê vida. Talvez aguarde o verão e os turistas. Alguns hotéis estavam fechados ou a meio gás. O mesmo se passando com alguns restaurantes que nos habituámos a frequentar em busca do bom peixe, e que agora apresentam ementas viradas para o paladar dos turistas. Por exemplo: sardinhas assadas, boas, mas congeladas, informava o próprio restaurante. Outro comedouro servia, por exemplo, espetada de lulas com camarão. Uma única espetada, com camarão mal grelhado, acompanhada por batatas fritas. Deve ser ementa para inglês: fish and chips. Pior, só tinha vinho branco, não tinha doces para sobremesa, não servia descafeínado e tinha o MTB avariado. Também não tinha afluência de clientes. Foi assim que a bela imagem inicial da cidade se esfumou. Aliás, como em outras vilas junto à costa. Dá ideia que só funcionam na época estival em função do turismo.