27.03.22
À medida que o tempo avança, a narrativa da guerra na Ucrânia vai mudando. Parece que o povo que foi atacado e que teve o país invadido, de que vem resultando milhões de deslocados, além de mortos e feridos, e cidades completamente devastadas, afinal não é melhor que o seu antagonista. A isto chama-se branquear a realidade e recuperar o odioso, de modo que pareça quase humano e dentro da razão. É a lógica de que o bruto atacante deve ser tratado com condescendência, quando o recíproco não existe. É a guerra, estúpido. Se me atacas só me posso defender atacando-te, se possível com armas iguais ou melhores. O resto é homilia de padre na missa.