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Viagens por dentro dos dias

Blog em torno de literatura, arte, viagens, etc.

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07.07.23

O país segue muito bem. Todos os índices apresentados pelo governo nos dão a entender que somos (quase) o melhor país do mundo. Deste governo já se demitiram 13 pessoas (Sec. de Estado, Ministros, and so on) por várias razões. Os professores queixam-se há meses. Os médicos idem. Os enfermeiros ibidem. As greves não param. Os hospitais públicos estão em rutura ou quase rutura. Nos hospitais privados leva-se semanas e semanas, às vezes meses, para fazer um exame ou conseguir uma consulta. Não há casas para quem precisa de casa. Ou tem de pagar uma exorbitância. Faz parte do historial português que os trabalhadores sejam mal pagos. Quem está mal pago e trabalha sob stress não pode desempenhar um bom serviço. Mas vai tudo muito bem.

28.06.23

Adoro os Dias de Luta da CGTP. Ver toda aquela brigada do reumático, ou pré-reumática do PCP, na pele de sindicalistas, lembra-me sempre que o PCP é cada vez menos partido, mas não deixa de ser um conclomerado de sindicatos. São, na prática, todos os sindicatos. Têm uma vantagem, devo dizer. Não enganam, ninguém. Há décadas que dizem sempre a mesma coisa, não já em formato cassette, nem CD, porque na vida tudo evolui, mas em formato USB.  

Um país sem rumo

e sem pessoas que o arrumem

12.06.23

Há uns anos atrás, numa época difícil, um primeiro-ministro do PSD entroikou o país, mais do que lhe pediam, convidou os jovens a emigrar, mandou fechar centros de saúde, etc. Ficámos com um grande problema às costas que até hoje está por resolver. Temos um Presidente com uma apetência por selfies, beijoqueiro, sempre disponível para os media. O líder da oposição ainda não apresentou uma proposta competente para o país. Manda uns bitaites ao primeiro-ministro, diz uns lamirés. O primeiro-ministro em exercício, por seu lado, já percebeu que este país não tem volta a dar e, provavelmente, também ele irá emigrar. A verdade é que não é fácil conseguir gente com perfil e saber, ministeriável, para fazer uma remodelação, que ainda assim acabará por acontecer. As pessoas estão divorciadas da política a não ser para dizer mal de tudo e mais alguma coisa, que é a nossa forma de ser nação. A juventude com cursos superiores, que não emigra, acaba em parte por entrar nas juventudes partidárias à procura de um futuro lugar no aparelho de Estado. Mas não tem experiência em nada de relevante. Transformam-se em burocratas. O resultado disto tudo é ter deputados a discutir o sexo dos anjos em vez de apresentarem soluções credíveis para o país. Vamos vivendo à sombra de índices positivos na economia, mas que não resolvem nenhum dos nossos problemas. Para isso precisávamos de gente capaz.

19.05.23

Atingimos na gestão do país, a todos os níveis, a glamourosa eficácia do entretenimento dos reality shows. Nunca pensei que os políticos se prestassem a tanto. Mas a verdade é que a sociedade se vem caracterizando pela facilidade com que aprende depressa o basismo de vida e de ideias veiculadas pelas redes sociais. Vamos rapidamente decaindo na vida pública ao mesmo tempo que ganha estatuto o que de mais pobre e bizarro se instala na nossa vida quotidiana. Nem o Governo, nem o Parlamento, nem Sua Excelência, parecem capazes de inverter a situação de pré-caos para onde aponta o futuro imediato. E o pior é que nem os portugueses conseguirão tal desiderato. Até o Senhor Presidente cancelou uma anunciada comunicação ao país, como se ele próprio não tivesse bem a certeza do que pretendia dizer, ou fosse ultrapassado pelas circunstâncias.

18.05.23

Poupem-nos os pormenores e mostrem-nos a verdadeira razão de todo aquele espetáculo na CIT. Eu ajudo. O cerne da questão é a ida da CEO da TAP a uma reunião na AR com elementos do PS, que não sendo uma coisa normal, também não teria problema de maior, digamos assim. Ao pretender-se disfarçar ou camuflar essa atuação, acabou por eleger-se o computador usado por um adjunto (mas não o telemóvel), porque o adjunto tirava notas de tudo o que se passava nas reuniões em que participava. Que notas seriam essas, o que teria o adjunto escrito? Revelava situações comprometedoras como, por exemplo, a combinação de perguntas a fazer à CEO da TAP e as respostas dadas por ela? Razão teve um deputado que disse esperar que ali se tratasse o caso TAP e não situações acessórias.

É muito triste um país sem oposição e sem líder credível, apenas apostada em faits divers. E um governo e respetivo partido que saem muito mal na fotografia da governação. Sobressaem casos e casinhos, um ministro que se demite, cuja demissão não é aceite pelo primeiro-ministro e que logo a seguir volta a ser ministro. Um ministro a quem é difícil dar, hoje em dia, alguma credibilidade.

03.05.23

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Com um verdadeiro passe de mágica, que ninguém esperava (talvez só o Presidente), António Costa resolveu as tricas, coisas e coisinhas que a Direita embandeirava em arco, embora não cale a IL e o seu líder, nem o Chega e o seu líder, cujo papel de ambos é fazer barulho. Eu creio que o passe de mágica foi combinado com Sua Excelência. António Costa fica com o seu ministro, porque precisa dele para o caso TAP, e em troca promete reformular o governo mais tarde, logo que o caso TAP esteja resolvido. Triste, triste, é a (não) posição do PSD, que com Montenegro não vai a lado nenhum. Montenegro não é um líder. É um político com um disco riscado, dando a ideia de não ser muito inteligente. António Costa, por outro lado, é um político de fibra, forte, inquebrantável, possamos ou não estar de acordo com alguma da sua gestão política enquanto primeiro-ministro. O passe de mágica deixou os comentadeiros de jornais e TV fora de pé, a esbracejar.

22.04.23

Medvedev disse hoje que Moscovo vai enviar o Reino Unido para o abismo, com as "ondas criadas pelo mais recente sistema de armas". (Sapo.pt)

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Este homem, e outros como ele, não são apenas perigosos pelo que dizem; mas pela insanidade de que estão possuídos e pelo absoluto desprezo pela humanidade que resida fora da capa do Kremlin.

17.04.23

É hora de cancelar a presença do Presidente Lula da Silva na Assembleia da República. O que ele disse referindo-se à Europa e aos europeus, e a forma subreptícia como defende a invasão da Ucrânica pelos russos, obsta a que Portugal o receba na AR. A sua presença na Casa da Democracia só pode acontecer com a conivência do Primeiro-ministro, do Ministro dos Negócios Estrangeiros e do Presidente da Assembleia da República, quiçá do Presidente da República. Jogamos na política externa com um pau de dois bicos? Enviamos armamento para a Ucrânia e recebemos no nosso país ucranianos, por solidariedade, e deixamos que nos entre pela porta dentro alguém que defende o invasor, embora se queira apresentar como paladino da paz?

15.04.23

O Presidente do Brasil, Lula da Silva, trouxe para a cena internacional uma sub-reptícia defesa da Rússia de Putin. Como se fosse possível defender um país que invadiu outro, reduzindo a escombros cidades inteiras, atingindo escolas e hospitais, entre outras atrocidades. É este Presidente que vamos receber na Assembleia da República no dia 25 de Abril. 

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