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Viagens por dentro dos dias

Blog em torno de literatura, arte, viagens, etc.

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A guerra continua

sem solução à vista


30.05.22

Os EUA precisam de uma Rússia forte, para que ela não se alie à China. É preciso demarcar bem os territórios e não deixar que se formem conglomerados difíceis de enfrentar. Entretanto, enviam para Ucrânia umas armas que não servem nem respondem ao que os ucranianos precisam e exigem. A UE recuou no alvoroço inicial, talvez agastada com algumas indiretas de Zelensky. No campo de batalha, sem armas de nível semelhante, sem aviões, sem aeroportos, sem helicópteros, sem artilharia pesada, sem armada, os ucranianos vão cedendo território aos russos. O Batalhão Azov rendeu-se e está nas mãos dos russos. Esperar o quê? Um milagre? A capitulação do país? Abrir negociações com os ucranianos de rastos, ficando os russos com toda a zona do Donbass, para mais tarde haver uma invasão total e anexar definitivamente a Ucrânia? Talvez seja a estratégia dos EUA, mais interessados em defender os seus interesses geoestratégicos do que com uma Ucrânia independente. A UE, passada a efervescência inicial, assobia para o lado.

Os navios de cereais

bloqueados no Mar Negro


26.05.22

Parece-me cada vez mais evidente que o Ocidente tem medo da Rússia. Ou então fala muito, mas depois contemporiza com a situação, deixando os ucranianos à mercê de si próprios. É inadmissível que os russos bloqueiem a saída de cereais do Mar Negro, quando já existe escassez, e há ainda o perigo de se estragarem milhões de toneladas de cereais, e não se tome nenhuma medida adequada. Já se percebeu que a Rússia fala através de armas e o Ocidente continua a insistir na via diplomática. O Kremlin só aceitará negociações quando tiver a Ucrânia reduzida totalmente a escombros, numa relação suserano e vassalo.

Kissinger

em Davos


25.05.22

Há gente responsável na gestão do mundo, no tempo da guerra fria, que vem dizer agora (Kissinger, 98 anos, em Davos), que a Ucrânia deve ceder território aos russos, de outro modo a UE vai ter um futuro difícil. Ou seja, a Ucrânia deve ser a rolha entre o leste e o oeste do mundo e perder o acesso ao mar? Portanto, a invasão da Ucrânia pelos russos, a mando de Putin, a destruição de um país e a morte de inocentes, não tem nada de mal; como não tem nada de mal os EUA, de vez em quando, sempre que os seus interesses o exigem ou lhes dá na bolha, devam invadir outros países, como aconteceu com o Afeganistão, o Iraque, a Líbia. E fico por aqui. Abençoada a liberdade de quem só reconhece liberdade a si próprio e ao seu reino.


12.05.22

Os comentários dos nossos generais e coronéis, na CNN, sobre a guerra russo-ucraniana, deixam-me sempre com a sensação de estar a ouvir pessoas a falar de jogos de guerra de tabuleiro. É uma sensação de pura perda de tempo estar a ouvi-los, sobretudo depois de termos lido os jornais e seguido as reportagens dos enviados especiais em serviço no terreno.


11.05.22

image.jpeg

Continuam as peregrinações para a nova meca do mundo político: a Ucrânia. Só ainda não percebi se tanta individualidade TOP mundial vai adorar Zelensky, ou se vão lá para tirar uma fotografia ao lado de um herói, para mais tarde recordar. E ele, o novo herói, representa bem o seu papel. Na verdade, a Ucrânia neste momento precisa do apoio de todos os países e pessoas democratas. Sem o auxílio internacional será quase impossivel a Ucrânia resistir à loucura assassina da invasão russa. E o presidente Zelensky tem estado à altura do que se exige a um líder político e a um patriota.


02.05.22

É muito interessante a posição daqueles que tentam compreender o lado russo. Mas a realidade é fácil de compreender: os russos, pela mão de Putin, invadiram um país soberano e estão a destruí-lo e a matar pessoas indefesas com o maior desrespeito pela ONU e as leis aplicáveis. A invasão da Ucrânia gerou um eufemismo do lado russo: operação militar especial.

Putin

Injustificável e imperdoável.


29.04.22

O que dizer do nível humano de Putin e dos seus generais, para lá do que já conhecemos relativamente à Ucrânia, que bombardeiam Kiev na altura em que o secretário-geral da ONU está na cidade, depois de ter estado em Moscovo, para tentar conseguir a abertura de corredores humanitários? Um acto ignóbil, selvagem, sem o mínino respeito por uma ação diplomática.


23.04.22

Todos dizem querer ajudar a Ucrânia e ajudam. Mas como é que se enfrenta Golias com David a passar dificuldades, sem meios de resistir, sem armas do mesmo calibre que as usadas por Golias? Parece uma guerra com um vencedor anunciado e os outros países a comprometerem-se, mas a assobiar para o lado, como a Alemanha. Só Macron parece estar a compreender o desenrolar desta guerra. Medicamentos, roupa, comida, armamento ligeiro, munições, etc., também são precisos, mas se no etc. não entrarem armas capazes de competir com as de Golias, David não irá longe nos seus esforços de defender o seu país invadido.


22.04.22

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Não há guerras boas. Todas são más. Eu voto na Paz. Mas há guerras que temos de fazer. A Rússia não tinha de fazer esta guerra. Mas a Ucrânia tem de a fazer, sob pena de ficar completamente cilindrada e perder o respeito por si própria. E outras houve, idênticas. (imagem © Expresso, com a devida vénia)


21.04.22

Sou absolutamente contra a invasão da Ucrânia pela Rússia e contra o comportamento político-militar deste país, que se não é genocídio, não anda longe disso. Ponto final. A Ucrânia, um país independente há cerca de trinta anos, nunca foi muito visível para o Ocidente, a não ser por algumas lutas internas ao nível do poder político. Não creio que esteja muito preparada, enquanto democracia, para integrar a UE. Mas não estará menos que outros países que pertenceram à esfera de Leste e que estão hoje na UE, seja, por exemplo, o caso da Hungria. Penso que o crescente interesse da UE em que a Ucrânia venha a fazer parte da União, tem muito mais a ver com interesses económicos futuros do que com a situação atual de guerra. Julgo que haverá até quem esteja a ver esta guerra com bons olhos. Uma guerra pode favorecer bastante as economias de certos países. Pelo lado da Rússia é preciso não esquecer que a Rússia atual nasceu séculos atrás na zona de Kiev, tendo origem num povo eslavo - os Rus. Há ainda uma espinha atravessada na garganta dos russos: a existência da NATO após a dissolução do Pacto de Varsóvia. E é aí que a intervenção atual da Rússia na Ucrânia nos pode levar a pensar, em contraponto, se não tem razão de ser essa existência da NATO para os países ocidentais. Os próximos tempos permitirão esclarecer algumas dúvidas atuais.

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