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Viagens por dentro dos dias

Blog em torno de literatura, arte, viagens, etc.

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15.05.23

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A noite tem mil olhos,
E o dia apenas um;
No entanto, a luz do mundo brilhante
Morre com o sol poente.
 
A mente tem mil olhos,
e o coração apenas um;
No entanto, a luz de toda uma vida morre,
Quando o amor acaba.
 
Francis William Bourdillon (1852-1921), poeta inglês.

O Regresso do Primo Basílio

Uma investigação do detetive Eneias Trindade

11.05.23

Capa frente O Regresso do Primo Basílio_alta res.

Em breve nas livrarias (FNAC, etc). SINOPSE:

Imaginem-se na pele de um livreiro que mediou a venda de um exemplar da 1.ª edição, de 1878, de «O Primo Basílio», a célebre obra de Eça de Queiroz, por elevado valor. No processo de transporte da obra entre a casa do vendedor, o conde Wenceslau, e a morada do comprador, um bibliófilo conhecido do livreiro, a cargo de um empresa de estafetas, a obra desapareceu. Não só a obra, como o estafeta, o capacete e a moto em que se fazia transportar. Tudo levou sumiço, como que tragado por um grande buraco na floresta de prédios da cidade. Afonso Pardo, o livreiro, decidiu então contratar os serviços do detetive privado Eneias Trindade, no sentido de recuperar o livro. Ou arriscava-se a pagar o elevado valor reclamado pelo comprador, que entretanto liquidou a obra ao conde Wenceslau. Devem estar a pensar como conseguiu o detetive resolver a questão, Verdadeiramente, não a resolveu. Ou talvez sim. Pelo menos deu os passos necessários nesse sentido. O resultado até a ele surpreendeu. E a mim, também. Leiam o livro. Está lá tudo.

09.05.23

Como tantos americanos, ela estava tentando construir uma vida que fizesse sentido a partir de coisas que encontrava em lojas de presentes.

Kurt Vonnegut in "Matadouro-5"

05.05.23



Há a história, depois há a história real, depois há a história de como a história veio a ser contada. Depois, há o que você deixa de fora da história. O que também faz parte da história.


Margaret Atwood, escritora canadense

03.05.23

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Com um verdadeiro passe de mágica, que ninguém esperava (talvez só o Presidente), António Costa resolveu as tricas, coisas e coisinhas que a Direita embandeirava em arco, embora não cale a IL e o seu líder, nem o Chega e o seu líder, cujo papel de ambos é fazer barulho. Eu creio que o passe de mágica foi combinado com Sua Excelência. António Costa fica com o seu ministro, porque precisa dele para o caso TAP, e em troca promete reformular o governo mais tarde, logo que o caso TAP esteja resolvido. Triste, triste, é a (não) posição do PSD, que com Montenegro não vai a lado nenhum. Montenegro não é um líder. É um político com um disco riscado, dando a ideia de não ser muito inteligente. António Costa, por outro lado, é um político de fibra, forte, inquebrantável, possamos ou não estar de acordo com alguma da sua gestão política enquanto primeiro-ministro. O passe de mágica deixou os comentadeiros de jornais e TV fora de pé, a esbracejar.

30.04.23

Entro numa livraria que exibe um grande painel de novidades literárias. Fico sem palavras ao ver tantos livros de autores de que nunca ouvi falar. Logo eu que passo os dias enfiado em livrarias. Quem é esta gente de quem nunca li nada nem ouvi falar? Escrevem sobre quê? Falta-me paciência para tentar descobrir a matéria dessas obras. Faço um esforço. A maioria não são romances, nem novelas, nem contos, nem teatro, nem poesia, nem biografias. Serão outra coisa qualquer. Têm capas em que o grafismo fere o olhar. Sinto, de repente, nostalgia de um tempo em que a capa de um livro me sugeria a sua leitura. Passo por outros escaparates e vejo primeiras edições de livros de autores que o tempo consagrou a preços de saldo: 40, 50%. Não venderam quando foram pulicados? O mundo está a mudar. Para pior.

Cães e gatos

béu-béu, miau-miau

27.04.23

Passando a vista, diariamente, por diversas redes sociais, é com apreensão que venho notando a sistemática substítuição de imagens de pessoas pelas de animais. Criámos uma vida descartável e agora somos nós, humanos, também descartáveis. De imediato substituídos por cães, gatos, em diversas habilidades, mas também por macacos, elefantes, répteis e por aí fora. Os animais não reclamam, não pedem contraditório, apenas comida, água e pequenos passeios. E os donos dos animais são cada vez mais pessoas fechadas no seu mundo. Quando encontram um vizinho, se lhe falam é porque ele passeia um cão e aí estabelece-se uma conversa canina. As redes sociais têm vindo a reduzir a cultura das pessoas à sua expressão mais simples. Qualquer dia ladramos. Ou pronunciamos uns miados. 

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