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Viagens por dentro dos dias

Blog em torno de literatura, arte, viagens, etc.

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21.08.23

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"TODOS OS LIVROS POSSUEM ALMA. A ALMA DE QUEM O ESCREVEU, A ALMA DOS QUE O LERAM, QUE VIVERAM E SONHARAM COM ELE."
Carlos Ruiz Zafón, escritor espanhol (1964-2020).


20.08.23

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"Em cada história de J. Rentes de Carvalho estamos todos nós. Observadores e observados, criaturas e criadores, adoradores de enigmas, cómicos ou envergonhados. É o que somos, personagens à deriva.
«Os braços da Júlia da farmácia ainda um dia o deitam a perder. No emprego usa a bata branca do regulamento, mas na rua, mal o tempo aquece, passeia-os em todo o esplendor da nudez, e a impressão que tem é que ela faz aquilo de propósito, com a única intenção de lhe acender calores que julgava extintos.»
Uma história por dia para percorrer este livro de ponta a ponta. Ou seja, saiba tudo sobre o crime passional de Bebé Almeida e onde fica a Quinta do Mobutu, conheça a crueldade de um filantropo inglês, reveja o desfile da Mocidade Portuguesa em dezembro de 1944, visite (sem pudor) o afamado bordel de Madame Blanche, emocione-se com os pormenores de uma paixão tórrida em Sevilha, recorde aventuras de crime e contrabando nas margens do Minho, saiba um pouco de espiritismo brasileiro - e, finalmente, imagine como realmente se pode deitar tudo a perder por causa dos macios, dourados, indecorosos e lindos braços da Júlia da Farmácia." (Sinopse do livro)


12.08.23

Na vida devemos ver sempre para além daquilo que os nossos olhos vêem.

(agb)


09.08.23

Mário_Cesariny.jpg

PASTELARIA

Afinal o que importa não é a literatura nem a crítica de arte nem a câmara escura
Afinal o que
importa não é bem o negócio
nem o ter dinheiro ao lado de ter horas de ócio
Afinal o que
importa não é ser novo e galante
- ele há tanta maneira de compor uma estante
Afinal o que
importa é não ter medo: fechar os olhos frente ao precipício
e cair verticalmente no vício
Não
é verdade rapaz? E amanhã há bola
antes de haver cinema madame blanche e parola
Que afinal
o que importa não é haver gente com fome
porque assim como assim ainda há muita gente que come
Que afinal
o que importa é não ter medo
de chamar o gerente e dizer muito alto ao pé de muita gente:
Gerente! Este leite está azedo!
Que afinal
o que importa é pôr ao alto a gola do peludo
à saída da pastelaria, e lá fora – ah, lá fora!
– rir de tudo
No riso admirável
de quem sabe e gosta
ter lavados e muitos dentes brancos à mostra

© Mario Cesariny de Vasconcelos


05.08.23

Assistindo de longe à Jornada Mundial da Juventude, que decorre em Portugal, duas coisas se destacam de tudo o resto: a extrema simpatia e disponibilidade do Papa Francisco (de 86 anos) em relação aos milhares e milhares de pessoas que o têm recebido; e o modo como a juventude o ouve, aclama e participa nestas suas Jornadas. Têm-se assistido a uma grande festa e ao diálogo do Papa com a juventude presente.

É visível que esta juventude não se inscreve, em geral, na faixa dos mais pobres da sociedade. Pertence mais a um estrato de classe média, com uma maior base educacional e algum dinheiro. Mas não deixa de ser juventude e participar com extrema alegria nesta festa intercultural da Igreja Católica. 


05.08.23

IMG_3341.jpeg

A fortaleza de São Jorge da Mina, 1482, uma das primeiras feitorias portuguesas em África. Situa-se em Elmina, na costa do Gana, sendo conhecida entre os locais por Mina.

O Primo Basílio está de regresso

Podem encontrá-lo na FNAC e em outras livrarias


02.08.23

Captura de ecrã 2023-08-02, às 14.44.07.png

Imaginem-se na pele de um livreiro que mediou a venda de um exemplar da 1.ª edição, de 1878, de «O Primo Basílio», a célebre obra de Eça de Queiroz, por elevado valor. No processo de transporte da obra entre a casa do vendedor, o conde Wenceslau, e a morada do comprador, um bibliófilo conhecido do livreiro, a cargo de um empresa de estafetas, a obra desapareceu. Não só a obra, como o estafeta, o capacete e a moto em que se fazia transportar. Tudo levou sumiço, como que tragado por um grande buraco na floresta de prédios da cidade.
Afonso Pardo, o livreiro, decidiu então contratar os serviços do detetive privado Eneias Trindade, no sentido de recuperar o livro. Ou arriscava-se a pagar o elevado valor reclamado pelo comprador, que entretanto liquidou a obra ao conde Wenceslau.
Devem estar a pensar como conseguiu o detetive resolver a questão, Verdadeiramente, não a resolveu. Ou talvez sim. Pelo menos deu os passos necessários nesse sentido. O resultado até a ele surpreendeu. E a mim, também. Leiam o livro. Está lá tudo.

Crónica de Ventimiglia

Antigamente, no verão


02.08.23

Numa viagem de férias em companhia de amigos, num velho VW carocha, muito antes da existência do Espaço Schengen, ao atravessarmos a fronteira entre a França e a Itália, idos do Mónaco e de Menton, a polícia mandou-nos parar. Simpáticos, os guardas ficaram muito admirados de verem portugueses por ali. Éramos uma espécie rara, naquela época, fora do espaço ibérico. Fizeram-nos algumas perguntas e evocaram o vinho do Porto, mostrando-nos que conheciam alguma coisa de Portugal (estranhei não evocarem o Benfica, que tinha sido bicampeão europeu). Como o carro ia na reserva ou quase, perguntámos se o posto de combustível ficava longe. A resposta foi:

– Ventimiglia.

Trocámos olhares, um pouco desolados.

– Vinte milhas são mais de trinta quilómetros – comentámos, em uníssono. – Vai ser apertado.

Metemo-nos à estrada, devagar, para poupar combustível. Ainda não tínhamos andado cinco quilómetros quando vimos um marco toponímico anunciando a próxima localidade: Ventimiglia. A nossa tradução à letra de italiano e o desconhecimento da região produziu asneira. Mas deu para andar todo o dia a rir à conta de ventimiglia.

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