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Viagens por dentro dos dias

Blog em torno de literatura, arte, viagens, etc.

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28.06.23

Adoro os Dias de Luta da CGTP. Ver toda aquela brigada do reumático, ou pré-reumática do PCP, na pele de sindicalistas, lembra-me sempre que o PCP é cada vez menos partido, mas não deixa de ser um conclomerado de sindicatos. São, na prática, todos os sindicatos. Têm uma vantagem, devo dizer. Não enganam, ninguém. Há décadas que dizem sempre a mesma coisa, não já em formato cassette, nem CD, porque na vida tudo evolui, mas em formato USB.  


24.06.23

Tínhamos a paixão pelo hóquei em patins, pelo futebol e pelo râguebi. Éramos jovens e vivíamos em bando harmónico, que se abria e fechava em grupos mais pequenos para depois voltarmos ao bando, sempre que se justificasse. A paixão pelos carros juntava-nos na serra de Sintra para assistir, sobretudo, ao espetáculo dos Minis a comer as curvas sobre o piso de paralelepípedos. Gostávamos também de passar a tarde de domingo a jogar bilhar ou matraquilhos, a beber imperiais ou cafés, enquanto falávamos de namoros ou das raparigas que nos enlevavam. Eram conversas de tom geral, porque do namoro de cada um ninguém abria a boca. Era pessoal e intransmissível. Durante a semana estudávamos ou trabalhávamos, ou jogávamos nos dois tabuleiros consoante a necessidade das famílias. E havia os bailes ao som de bandas cujo nome se perdeu. As raparigas eram meigas e adultas antes de tempo, usavam uma fita a segurar os cabelos, eyeliner a sublinhar os olhos, rímel e batom. Até que um dia suou um toque de clarim que mobilizou os rapazes para a guerra. O bando desfez-se e nunca mais se reuniu. Ao fim de treze anos a guerra acabou e nada mais voltou a ser como dantes.

Irmãs pecado?

ou simplesmente mulheres?


15.06.23

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"Estas freiras italianas posando para uma selfie com a estátua de David certamente não a consideram pornográfica."

(fonte: mysharona1987)

Um país sem rumo

e sem pessoas que o arrumem


12.06.23

Há uns anos atrás, numa época difícil, um primeiro-ministro do PSD entroikou o país, mais do que lhe pediam, convidou os jovens a emigrar, mandou fechar centros de saúde, etc. Ficámos com um grande problema às costas que até hoje está por resolver. Temos um Presidente com uma apetência por selfies, beijoqueiro, sempre disponível para os media. O líder da oposição ainda não apresentou uma proposta competente para o país. Manda uns bitaites ao primeiro-ministro, diz uns lamirés. O primeiro-ministro em exercício, por seu lado, já percebeu que este país não tem volta a dar e, provavelmente, também ele irá emigrar. A verdade é que não é fácil conseguir gente com perfil e saber, ministeriável, para fazer uma remodelação, que ainda assim acabará por acontecer. As pessoas estão divorciadas da política a não ser para dizer mal de tudo e mais alguma coisa, que é a nossa forma de ser nação. A juventude com cursos superiores, que não emigra, acaba em parte por entrar nas juventudes partidárias à procura de um futuro lugar no aparelho de Estado. Mas não tem experiência em nada de relevante. Transformam-se em burocratas. O resultado disto tudo é ter deputados a discutir o sexo dos anjos em vez de apresentarem soluções credíveis para o país. Vamos vivendo à sombra de índices positivos na economia, mas que não resolvem nenhum dos nossos problemas. Para isso precisávamos de gente capaz.

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