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Viagens por dentro dos dias

Blog em torno de literatura, arte, viagens, etc.

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Microconto

Cabide

14.02.23

Enfurecido com a lide que não lhe agradava, o touro Bolota investiu contra a barreira com uma força desmedida. Um dos cornos trespassou as tábuas. Do outro lado, um novilheiro apanhou a capa do chão e pendurou-a na ponta do corno do touro.

— Muito obrigado, Bolota.

(agb)

14.02.23

Será o PS um polvo em que militantes se apropiam de benesses com o ar angélico de quem está a fazer serviço à população? A notícia do Multinews encimada pelo título "Junta de Freguesia dos Olivais: familiares, boys do PS e contratos celebrados em feriados que totalizam mais de meio milhão de eurosdeixa-me sérias dúvidas sobre o comportamento de militantes que, afinal, só agem por interesses financeiros em situações que, no mínimo, causam perplexidade, muito embora afirmem que tudo se passa dentro do quadro legal. Depois de casos e casinhos que abanaram o governo socialista (no qual votei), parece, a crer nesta notícia, que pode haver mais situações semelhantes espalhadas pela malha da política socialista no país. Quiçá de outros partidos, que agora não são manchete nas páginas da CS. Ninguém duvida que hoje em dia poucos são as pessoas que entram para os partidos, sobretudo pela porta das juventudes partidárias, que não perseguiam a ideia de um emprego. Não vão para lá pela militância política propriamente dita, mas para chegarem a lugares que lhes podem trazer facilidades e benesses. Continuamos a viver no reino da Tugalândia.

VOOU COMO MATIAS PEREZ

Algo que desaparece, que se perdeu para sempre, sem remédio.

06.02.23

Matias Perez (Peres) foi um marinheiro português que em meados do séc. XIX se radicou em Havana, Cuba, com um negócio de fabricação de panos para velas de navios. O negócio progrediu muito bem, de tal forma que lhe chamavam «O rei dos toldos». Mas a sua paixão era voar, sobretudo depois de conhecer o balonista francês Eugene Godard. Experimentou fazer alguns voos em balão com Godard, a quem chegou a comprar um aparelho. Havia sempre uma multidão a assistir a essas subidas em balão de ar quente. O seu último voo, porém, correu mal. As condições atmosféricas não eram as melhores, mas Matias decidiu voar. Nunca mais foi visto. Nem ele nem quaisquer vestígios dessa viagem fatídica. Em Cuba ainda hoje se usa a expressão «voou como Matias Perez» quando alguém se quer referir a um desaparecimento, ou a algo que se perdeu para sempre, sem remédio.

(do livro a publicar O POVO FAZ A LÍNGUA. Registado no IGAC e na SPA. Interdita a cópia)

05.02.23

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Explicação. O título do livro não tem nada a ver com querubins ou quaisquer questões religiosas, que estão afastadas do romance. É apenas uma frase com que um rapaz de mau porte se dirige ao protagonista, nas primeiras páginas do livro, para logo desaparecer. Digo isto porque há pessoas muito sensíveis, que tomam logo a nuvem por Juno. Boa leitura. Mais infomações:

Meu Portugal pequenino

Situações que são difíceis de entender

05.02.23

Em Portugal acumulam-se situações difíceis de entender. E esta dificuldade é transversal aos partidos, aos protagonistas quaisquer que eles sejam, às épocas, etc.

* É difícl de entender como é que, no decorrer das últimas décadas, ainda nenhum governo e respetivo responsável da Educação conseguiu resolver a grave situação das colocações dos professores, que geram afastamento das famílias e despesas extraordinárias.

* Não se compreende como, há décadas, se anda a discutir a construção de um novo aeroporto sem se chegar a qualquer conclusão. 

* Não se compreende como o SNS chegou ao ponto a que chegou, a não ser pensando que os governos do costume quiseram fazer um grande jeito à iniciativa privada.

* Não se compreende como a Justiça leva "séculos" para fazer transitar em julgado os grandes processos, como é o caso de José Sócrates.

* Não se compreende como o caso TAP não tem uma solução, andando há anos a experimentarem-se soluções que não vingam.

* Enfim, não se compreende como existindo um governo de maioria absoluta se encontre maior dificuldade em resolver de vez as situações em aberto.

O livro, um objeto estranho?

ou reações da vida atual?

03.02.23

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Na era dos telemóveis, das redes sociais e de uma vida que tende para relações virtuais, um livro em formato de papel entra na categoria de um objeto raro, estranho, que suscita interrogações. Alguns poderão pensar que será algo vindo de outro planeta. Há expectativa e receio pelo que se desconhece. Como reagir? Tocar-lhe como se fosse um bicho sarnento? Não. O assunto resolve-se pegando no telemóvel e fotografando o estranho objeto.

(fonte da imagem: baixotu on tumblr)

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