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Viagens por dentro dos dias

Blog em torno de literatura, arte, viagens, etc.

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Putin

um louco à frente de um arsenal nuclear?


21.09.22

Putin ameaça e depois recua. Entretanto, faz mais uns bombardeamentos, mas vai recuando e retirando os submarinos de Sebastopol com receio de que os ucranianos ataquem a Crimeira, o que já esteve mais longe de acontecer. Volta a ameaçar, querendo ter um poder que vem perdendo desde que iniciou a invasão da Ucrânia. Na Rússia há já movimentos de contestação da putinagem no poder e do seu soberano, bem como em pequenos países que saíram da esfera de Moscovo desde que Gorbatchev iniciou a Perestróica. Dizem que os seus generais se têm vindo a afastar dele. O problema é que o homem não é de confiança. É um produto dos serviços secretos que o educaram no molde da ex-União Soviética. Não se sabe quando pode desvairar de vez e com a ajuda de fidelidades próximas atacar com armas proibidas. A incógnita é o virús desta guerra. Por outro lado, não me parece que os ucranianos parem seja para o que for, sem terem recuperado todo o território que lhes foi usurpado. Não creio, infelizmente, que a paz esteja para breve.


20.09.22

Um dia encontrarei as palavras certas, e serão bem simples.

Jack Kerouac, escritor americano, autor do incontornável "Pela Estrada Fora".


18.09.22

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Luís Paixão Martins (NewsMuseum) encontrou este velho mapa de sala de aula, de origem espanhola, que eu aqui reproduzo com a devida vénia, o qual apresenta um pormenor interessante. Vejam se o descobrem.

A estória de um crime

Último parágrafo do romance


13.09.22

image.jpegLevantou-se sentindo uma ligeira vertigem, apoiando-se no espaldar da cadeira. Estava muito branca, tremia. Num impulso tentei ampará-la. Fez um sinal de que estava tudo bem. Mas não estava. Numa atitude surpreendente e inesperada caiu-me nos braços, deixando as lágrimas libertarem-se. Meu querido irmão, repetiu. Que mal lhe fez quem lhe deu a vida. Como percebo bem, agora, todo o seu sofrimento. Como é possível que não se respeite uma criança, um ser indefeso? Afastei-a com brandura, sem que o seu perfume me abandonasse. Voltou a sentar-se, abriu a bolsa dela retirando um lencinho de cambraia com que afagou o rosto. A seguir, aparentemente mais serena, liquidou o meu serviço, de acordo com o estipulado. Disse-me que ia falar com o irmão, tentar ajudá-lo. Talvez fossem viver para o Alentejo. Começar uma nova vida. Sim, talvez. É lá que mora a avó materna de Jorge, com quem ele se dá muito bem. Pode ser um bom apoio para ele. Não a desenganei. Perguntou-me se Madalena me tinha tratado bem durante a minha estadia, em Castelo de Vide. Senti-me um príncipe, respondi. Foi muito simpática, sempre disponível para me ajudar, acrescentei. Inês passou a mão pelos cabelos num gesto habitual, levantou-se, de novo, despedindo-se com um aperto de mão prolongado. Podíamos ter-nos encontrado noutras circunstâncias, disse ela, enquanto se dirigia para a porta da sala. Nunca é tarde para que a vida nos surpreenda, retorqui. E como eu gostava de ser surpreendida, senhor Trindade.

Basta, porra!

Unam-se no que é essencial e discutam o acessório


13.09.22

Portugal é o melhor país do mundo. Mas é difícil acreditar no significado desta frase quando todos os anos o início do ano letivo varia entre o mau e o menos bom. O mesmo país onde de há anos a esta parte se vem degradando o SNS, com a fuga e transferência de médicos e enfermeiros, sem que se encontrem soluções para o caos que se avizinha. O mesmo país em que todos anos ocorrem fogos que põem em perigo pessoas e bens, além de arrasar grande parte da floresta. O mesmo país que anda há décadas a discutir onde se deve situar o novo aeroporto da capital, voando ao sabor da opinião de uns e outros, só com a preocupação de agradar a gregos e a troianos. Um país de comentadores de tudo, e de políticos de direita-centro-esquerda que o vêm governando ao longo de 48 anos sem conseguirem encontrar soluções práticas, eficientes, duradoras, que não obriguem a que todos os anos se repitam os mesmos desaires e ineficiências. Unam-se naquilo que é essencial e discutam o que é acessório. Façam qualquer coisa a favor de quem vos elege e paga. Qualquer coisa que não sejam medidas de recurso, servidas ao momento. Basta, porra!


12.09.22

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Javier Marías (1951-2022) foi-se embora da vida, deixando os seus leitores órfãos da qualidade da sua escrita. Para mim, um dos melhores, senão o melhor romancista espanhol da atualidade. Gosto tanto dos seus livros, do seu trabalho literário, que de relance alcanço na estante: "Todas as Almas", "Vidas Escritas", "Os Enamoramentos", "Berta Isla", "Tomás Nevinson"… e há mais por lá.
Javier Marías era um daqueles escritores cuja escrita se cola à nossa à pele, cativando-nos pelo seu brilhantismo. Custa vê-los partir, porque para nós, leitores das suas obras, acabam por ter um estatuto de amigos. R.I.P.


11.09.22

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Fotógrafo Artur Pastor (1922-1999). Série "Outras Geometrias", Algarve, décadas de 50/60.

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