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Viagens por dentro dos dias

Blog em torno de literatura, arte, viagens, etc.

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17.03.22

Talvez comece a despontar o juízo na cabeça da autocracia russa. A reação do povo ucraniano e do Ocidente à invasão pode estar a mudar o jogo no tabuleiro. Os prejuízos para todo o mundo são evidentes. Temos de esperar um pouco mais para ver se é um caminho ou uma armadilha.

§

Sinto que aos jovens soldados russos mortos nesta guerra poderá vir a acontecer o mesmo que aos filhos das Mães da Praça de Maio, na Argentina. Ninguém lhes vai por a vista em cima. Oxalá me engane.


16.03.22

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Jorge Silva Melo foi-se embora. A cultura, sobretudo o teatro, ficou mais pobre, como se costuma dizer. Onde é que ele guardava tanto conhecimento, tanta cultura, tanta capacidade de nos surpreender? E a sua memória prodigiosa? Que falta nos vai fazer! Estou certo que lá onde venha a estar será o encenador principal, o dinamizador da cultura. Que descanse em paz fumando o seu charuto, escrevendo dramas e comédias, encenando.


11.03.22

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Se tem a tarde do próximo sábado, 12 de Março, livre, e gosta de literatura, lembro que pelas 17:00, no Museu do Neo-Realismo, em Vila Franca de Xira, se realiza uma sessão comemorativa e evocativa do centenário de Carlos de Oliveira. Poeta e escritor, autor de obras como "Uma Abelha na Chuva" (que deu o filme com o mesmo nome realizado por Fernando Lopes), "O Aprendiz de Feiticeiro", "Pequenos Burgueses", entre muitas outras, foi uma figura central do neorrealismo.


10.03.22

O Ocidente tem medo da Rússia e do czar louco. Percebe-se. Não se sabe o que pode vir daquele lado nem quando. A Rússia acabou com a voracidade de Napoleão e de Hitler, embora, mais tarde, saísse pela porta pequena no Afeganistão, combatida pelos mujahedin . Os EUA gostam de «libertar» povos da periferia que têm pouco com que se defender ou que já estão agonizantes, se preciso for inventando realidades como foi o caso do Iraque. A União Europeia tem estado entretida a organizar-se, limando arestas, distribuindo cargos políticos e dinheiro sob a batuta da Alemanha e o ciúme da França, esquecendo a sua própria defesa. É verdade que ou se tem dinheiro para o desenvolvimento económico e social, ou se tem dinheiro para gastar em armamento e em exercícios militares. Putin apalpou a realidade e sentiu que podia avançar invadindo um país que é importante para a Rússia, não só estratégicamente, mas também a nível económico e energético. O Ocidente decidiu então combater a Rússia do czar Putin, e o seu aliado da Bielorrusia, através do sufoco económico. E está a conseguir os seus intentos. Porém, os russos continuam a atacar a Ucrânia de modo selvático, tentando não só conquistar os territórios do leste da Ucrânia, como fechar o seu acesso ao Mar de Azov e ao Mar Negro. Há centenas de milhares de pessoas a procurar escapar da guerra. O Ocidente continua a observar o que se passa à frente dos seus olhos, apoiando os refugiados, recebendo-os, auxiliando-os. No terreno a Ucrânia continua sozinha com armamento inferior ao russo e em número de homens disponíveis, que são quase todos os que podem combater. Veremos como evoluem as negociações entre os dois lados. Se não tenderem para a resolução do conflito este eternizar-se-á com prejuízo para todo o mundo, sobretudo para os ucranianos. O Ocidente talvez pudesse fazer mais e melhor.


08.03.22

Bom dia, mulheres do meu país. E já agora de todo o mundo. Tenham um dia 08/03 feliz, construtivo e apaixonado. E para todas aquelas que um louco russo obriga a abandonar o país com os filhos, o meu apreço, certo de que nem tudo o que é mau, horrível, dura sempre. Coragem.


07.03.22

Uma das coisas que me deixa preocupado, enquanto escritor, é sentir que a literatura de ficção está a definhar. Julgo que não é só por cá. Publica-se cada vez menos romance e novela, matéria de escrita que tem a ver com as nossas vivências, a nossa imaginação e tudo aquilo que gira à nossa volta. E nem sequer vale a pena falar do conto, e menos ainda de teatro publicado em livro, e não me engano se acrescentar a poesia, embora neste capítulo ainda se vá publicando alguma coisa, em edições pequenas para surpreender os amigos. Os supermercados estão cheios de livros que abordam assuntos irrelevantes destinados a pessoas atraídas por temas leves, que não as leve a refletir muito. Ou, do outro lado, por temas com uma vertente histórica e biográfica, de divulgação, que lhes preencha o desejo de conhecer e saber, mas sem ir muito a fundo nas questões, porque isso exigiria um prévia e melhor preparação escolar no domínio da leitura e do conhecimento literário e da sua história.


05.03.22

Se a ofensiva russa se concretizar de modo a tomar conta das principais cidades ucranianas, acabando por considerar aquele país como parte integrante da Rússia, qual a posição dos EUA, da UE e da NATO? Não me parece que vão intervir militarmente no conflito do lado da Ucrânia, pois se isso pretendessem fazer já o teriam feito. Mas é perigoso, porque do outro lado está um líder capaz de carregar no botão de uma ogiva nuclear. (Ou talvez não). Sendo assim, vai perpetuar-se na Ucrânia uma resistência ao invasor durante muito tempo (talvez anos), com a Rússia a instalar no poder um governo vassalo dos seus interesses. E talvez Putin não fique por aqui se ninguém o parar.


03.03.22

Bom dia. É preciso não confundir o povo russo com os seus oligarcas e dirigentes; o povo português também não era fascista, embora houvesse Salazar, a PVDE-PIDE-DGS e seguidores de Hitler e Mussolini. O povo é apenas e simplesmente o povo. Tem pouca margem de manobra no seio de ditaduras. O que se tem de condenar é a invasão de um país soberano por outro. No caso, a Rússia liderada por Putin, um homem que recebe os outros dirigentes à distância e gosta de caminhar, ovacionado, pelos seus apoiantes no Kremlin (fortaleza).


02.03.22

O navio Felicity Ace com cerca de 4000 automóveis a bordo acaba de se afundar ao largo do Faial, Açores, a cerca de 25 milhas náuticas, fora da ZEE de Portugal. O mar já tinha lixo suficiente para nos preocupar, e essa preocupação não para de aumentar. Digamos, com ironia, que é um lixo de luxo, pois é constituído por automóveis de marcas premium Porsche, Bentley, Lamborghini, Audi e também Volkswagen, ao que parece. De qualquer modo, os peixes não precisavam deste luxo e nós, seres humanos, não precisávamos de ver aumentar a poluição dos oceanos, mesmo que alguns possam considerar que, a três mil metros de profundidade, o navio e a sua carga venham a servir de abrigo para a fauna piscícola.

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