27.11.21
As noites adormecem-me
nas mãos cansadas
de tanto embalar os sonhos
Ao acordar sonhos desfeitos
é hora de realizar
os sonhos possíveis
© António Garcia Barreto
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27.11.21
As noites adormecem-me
nas mãos cansadas
de tanto embalar os sonhos
Ao acordar sonhos desfeitos
é hora de realizar
os sonhos possíveis
© António Garcia Barreto
26.11.21
25.11.21
Arte rupestre. Escarpas do rio Côa.
19.11.21
A língua inglesa tornou-se no esperanto da comunicação mundial. Tiveram os esperantistas tanta esperança no esperanto... e deu nisto.
19.11.21
Hoje é Dia da Casa de Banho. Interessante, sobretudo pelas tiradas político-filosóficas de algumas inteligências. Não sei como vai ser quando chegar o Dia do Bidé, o Dia da Sanita, o Dia do Lavatório, etc. Provavelmente, será a continuação da matéria dada. Desculpem qualquer coisinha, vou já limpar o tuíte com papel higiénico.
18.11.21
Houve um tempo em que as capas dos livros publicados em Portugal tinham, em regra, a assinatura de um artista gráfico. Não significa isto que todas as capas fossem bem conseguidas, ou do agrado geral. Mas eram capas produzidas tendo em conta o teor do livro. Havia capas mais discretas, em particular nos livros de poesia, e outras mais enfáticas na cor e no design, mas não perdendo de vista o tema da obra que iria encapar. Hoje em dia, com uma indústria do livro baseada em conglomerados empresariais, a produção entrou numa espécie de enchimento de chouriços. Excessivas publicações destinadas em grande parte a um público leitor pouco informado e com fraca literacia. Desceu o nível das obras publicadas, incluindo o grafismo de capas. Ainda há pouco peguei numa edição de "O Livro", de Cesário Verde, publicado por uma editora transnacional, em que a capa nada deixava adivinhar sobre o conteúdo da obra. Essa capa apresentava um recorte que identifiquei como sendo, estou em crer, de uma pintura de Vincent Van Gogh, intitulada "Ciprestes". O que tem a ver essa capa com "O Livro" de Cesário Verde? Outra editora publicou o nosso clássico romance "Os Maias", de Eça de Queiroz, com uma capa em que o título parece um puzzle de palavras: OS/MAI/AS. Vale tudo porque o mercado não é exigente? Contou-me um editor a história de uma edição mais antiga, também de "Os Maias", impressa em Barcelona, que chegou ao editor com a imagem de um pirâmide da civilização Maia na capa. Como foi possível? Neste caso a edição foi destruída. E é isto.
16.11.21
Oiço dizer que não haverá bacalhau no Natal porque os chineses deixaram de exportar o fiel amigo. Mas o bacalhau não vinha da Noruega? Ah, parece que é por causa dos chips. Arremataram todo o bacalhau para lhes mudar os chips e acrescentarem made in China. Chaiça!
15.11.21
Quando vi Portugal fazer o primeiro golo aos dois minutos, logo pensei, como de outras vezes, que a Seleção, e em geral as equipas portuguesas, em jogos internacionais, não têm estofo para segurar resultados construídos muito cedo. Foi o que se viu. Malta sem ambição.
14.11.21
Porque razão não gosto de osgas? Não é por serem feias, até porque hoje o feio é bonito desde que seja politicamente correto. Não gosto de osgas por causa daquela capacidade de ficarem agarradas às paredes horas seguidas sem darem um passo, mexerem a cabeça, comunicarem. Parecem as estátuas vivas que se plantam nas praças públicas vestidas de anjo ou de demónio, sem bulir uma sobrancelha, com um cestinho na frente para receberem o óbulo dos passantes. Depois as osgas são peçonhentas, segundo o meu amigo Zacarias que não percebe nada de horta. Diz ele, ainda, que elas papam mosquitos e outro insetos perturbadores, mas que não me perturbam tanto como a Dona Osga. Perturbar não é bem a palavra. Irritam-me. E irritam-me porque, ao contrário dos crocodilos, que também gostam de se manter imóveis num desprecupado farniente mentiroso de olho posto numa presa distraída, estes de vez em quando sorriem, metem-nos medo, açoitam as águas com a cauda. A osga, não. É um bicho sem utilidade que apenas serve de inspiração quando queremos chatear um tipo que não conhecemos dizendo: - Tens cara d'osga, pá!
11.11.21
Dizem que não há mão-de-obra para acorrer às necessidades de vários setores da economia. A falta de mão-de-obra não é de agora. Agravou-se com a situação da pandemia. Mas vem de trás, devido aos baixos salários pagos pelas empresas e a políticas de pessoal pouco atrativas. A gestão de muitas empresas (e até do Estado) é feita à vista, com pouco ou nenhum planeamento. Quem pode emigra, procura melhores oportunidades de trabalho. Vivemos tutelados por um capitalismo selvagem, que cada vez esmifra mais os pobres para aumentar os lucros do capital. É uma receita antiga temperada de novo.
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