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Viagens por dentro dos dias

Blog em torno de literatura, arte, viagens, etc.

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31.08.21

Não sabemos ao certo até onde vai o Mediterrâneo, nem que parte do litoral ocupa, nem onde acaba, tanto em terra como no mar. Para os gregos, de leste para oeste, estendia-se do Fásis, no Cáucaso, até às Colunas de Hércules; consideravam implícita a sua fronteira natural a norte e às vezes não se preocupavam com os seus limites a sul. Os sábios da antiguidade ensinavam que os confins do Mediterrâneo se situam onde a oliveira se detém. Nem sempre, nem em toda a parte é assim: há lugares na costa que não são marítimos, ou que o são menos que outros, mais afastados dela. Há lugares em que o continente não se alia ao mar, em que se revela difícil a concordância entre eles. Noutros pontos, o caráter mediterrânico abrange mais vastas porções do continente, penetra-as mais com a sua influência. O Mediterrâneo não é apenas uma geografia.

MATVEJEVITCH, Pedrag in "Breviário Mediterrânico", Quetzal Editores, Lisboa, 2019

16.08.21







Um país em que uma pessoa de bem pode ser enxovalhada impunemente por um grupelho sem norte, não é um país democrático.

Por sinal, é o mesmo país onde as minorias têm estatuto de maiorias, sendo tratadas com benevolência pelo Estado e pelos órgão de comunicação social, debaixo do chapéu do politicamente correto, e as maiorias são olhadas de través e não raro esquecidas nos seus direitos.






14.08.21

Trecho da entrevista conduzida por Júlia Mariana Tavares à Dra. Isabel Castro Henriques in "A MENSAGEM de Lisboa".

Toda a entrevista AQUI.

"Defende a eliminação dessas marcas, como estátuas e monumentos?"

"Não. Eu sou contra a destruição das marcas da história colonial. Acredito que a cidade de Lisboa tem várias histórias. Tem uma história romana, árabe, africana – que queremos dar agora a conhecer – e tem uma história colonial, entre várias outras. A história colonial faz parte da identidade portuguesa. E tal como nunca devíamos ter silenciado as outras histórias, não devemos silenciar a história colonial. Silenciar um aspeto da história global é esconder e limitar a reflexão sobre esse tempo violento e problemático, que é fundamental para podermos assumir, ultrapassar, reconhecer os erros e não voltar a cometê-los."

"Foi esta uma das perspetivas fundamentais do projeto A Rota do Escravo, da Unesco, que era a de quebrar o silêncio. Quebrar o silêncio da escravatura, facto histórico que, em Portugal, foi marcado por um longo e grave silenciamento. Esconder e silenciar é uma maneira de não aprender com a história, de não a reconhecer e sobretudo de não a ultrapassar e assumir. Eu defendo a construção (e não a destruição) de todas as histórias de Lisboa, em particular aquelas que foram esquecidas, como a história africana da cidade."

12.08.21

Muitos portugueses a primeira coisa que fazem quando compram uma casa, ou pouco depois, é fechar a varanda para acrescentar ao imóvel uma marquise. CR7 não fugiu à realidade da tugalândia. Não havia necessidade.

§

A deputada Joacine tuítou uma imagem em que atirava para o espaço o monumento aos descobrimentos. Espero que faça outro tuíte a implodir a sua cabeça.

§

José Gomes Ferreira, o verdadeiro artista, não pode ser confundido com José Gomes Ferreira, o notável poeta. O verdadeiro artista mostra-nos, mais vezes do que seria necessário, a sua capacidade para manter-se à tona da mediocridade.

05.08.21

Nelson Évora disse, dias atrás, qualquer coisa sobre Pichardo, do género «o futuro vai ensinar-lhe». Pelos vistos, o futuro chegou mais cedo com um triplo salto de 17,98 mts.

§

Li que a juventude comunista de Cuba se manifestou em Havana. Não parece crível. Ou então, por aquelas partes, está tudo de pernas para o ar. Se a situação era má, a pandemia acabou com o resto. Que futuro?

§

Hoje é dia de visitar o dentista. Afastem de mim essa broca.

01.08.21

Um presidente visita um país e leva com a porta na cara do seu igual nesse país. Reage como? Insurge-se contra o agravo, dá meia volta e regressa a casa, deixando esse opróbrio a quem o lançou? Não. Engoliu em seco, sorriu, disse um provérbio que poucos reconhecem e continuou. Representou bem o seu povo. Um povo agachado.

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