01.05.21
Hoje é Dia do Trabalhador. Passando os olhos pelas capas dos jornais não parece que seja um dia diferente dos outros, pois não é dado grande destaque à efeméride. Os dirigentes políticos e sindicais tiveram o seu tempo e não têm seguidores que os façam esquecer. As novas gerações mostram-se, em geral, pouco preocupadas com os problemas sindicais (não tanto com os políticos). Dão muita relevância à carreira profissional, como meta de realização pessoal e alcance de melhores remunerações. Preocupam-se com a preservação do meio ambiente. Querem fazer o que gostam, importando-se pouco com anseios de grupo em ambiente corporativo. É cada vez maior o número de pessoas a trabalhar a recibos verdes, os empregos são mais voláteis, não asseguram o futuro. O patronato sem rosto tem um poder que os sindicatos atuais dificilmente conseguem combater com as estratégias e os apoios do passado. A militância sindical está numa fase regressiva. As novas gerações não acreditam "nos amanhãs que cantam". Preferem assistir aos concertos das suas bandas favoritas. O mundo mudou. O Dia do Trabalhador, também.